13.2.07

APICULTURA E MELIPONICULTURA ORGANICA

A história começou em 1956, quando foram trazidas para o Brasil as abelhas africanas. Os responsáveis pela medida acreditavam que elas eram mais produtivas. O resultado foi o inverso: houve queda da produção nacional de mel, sendo preciso até recorrer à importação. Os milhares de criadores de abelhas foram desistindo dessa atividade. Alguns não tinham condições de afastar o apiário a mais de 300 metros de suas casas; outros não queriam sujeitar-se às novas regras de trabalho, que exigiam macacões especiais, grossas luvas, tensão constante. E muitos achavam que não valia a pena despertar a antipatia de antigos vizinhos. Afinal, as abelhas africanas - que acabaram dominando os apiários - picam ferozmente e podem até matar. Como já aconteceu muitas vezes.
Essa é a explicação de Nikolaos Mitisiotis, idealizador da APACAME e atualmente membro de sua diretoria técnica. Ele lembra, ainda, que neste último quarto de século nada foi feito para alterar a situação criada pelas africanas. Estas se espalharam rapidamente pelo território brasileiro e já alcançaram a maioria dos paises vizinhos e isso ocorreu por uma particularidade da raça, que é extremamente enxameadora: a rainha vai embora com metade da população e deixa em seu lugar uma princesa prestes a nascer.
Em função dessa característica, nas colmeias africanas existe sempre um número bastante elevado de zangões (para fecundação de novas rainhas), enquanto as de raças mansas européias só em épocas quentes e com muito alimento fazem a multiplicação da espécie. Dessa forma foi ocorrendo com freqüência cada vez maior o acasalamento de princesas européias com machos africanos, gerando fêmeas mestiças e machos europeus. Apõs várias gerações, a tendência tem sido no sentido de purificação para africana, pelo cruzamento das mestiças com zangões africanos.
Nikolaos Mitsiotis esclarece, ainda, que a mistura de raças se dá apenas nas fêmeas: rainhas e operárias nascem de óvulos fecundados, enquanto o zangão nasce sempre puro, por ser resultado de óvulos não fecundados. O que vai nascer, portanto do acasalamento de uma rainha já mestiça com um zangão africano? A prole será composta de machos das duas raças, mas as operárias serão mestiças e puras africanas. Querer produzir aqui rainhas puras européias a partir de matrizes importadas é impossível, dada a presença dominante de zangões africanos em toda parte. A única solução, portanto, é a realização desse trabalho numa ílha isolada, que garanta a fecundação controlada e natural. (Existe a possibilidade de inseminação artificial, mas em escala muito reduzida, pela complexidade da operação.) Uma rainha importada, aliás, custa muito caro (por volta de 5 mil cruzeiros) e muitas vezes pode chegar aqui já morta.

Um comentário:

Anônimo disse...

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